terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Porque Ele Faz Asfaltos

Quando era menor e andava pelas ruas da Cidade Saúde, eu não entendia porque, em pleno Século XX, ainda existiam ruas de barro em Guarapari. Isso me deixava indignado!
Quando eu andava pela Praia do Morro e olhava aquele monte de barraco amontoado e amendoeiras gigantescas, eu tinha a impressão de que estava na favela.
Quando eu ia num colégio municipal, eu reclamava porque sempre achei que as crianças mereciam coisa melhor pra aprender a ser gente.
Agora, nós temos muitas e muitas ruas asfaltadas e alguém quer tirar o prefeito que tirou os buracos da minha rua! Politicagem!
A Praia do Morro deixou de ser favela e alguém quer afastar o cara que possibilitou o investimento do Estado no nosso cartão postal. Politicagem!
Eu entro num colégio público em que o banheiro é revestido de granito e a lousa é branca e os invejosos querem manchar a reputação do homem que mostrou que se pode fazer educação digna com o dinheiro público. Isso também é politicagem.
Mas ninguém reclama de mim se eu passo a sacolinha pra pedir dinheiro.
Ninguém tenta me afastar, se eu faço a "campanha do céu azul".
Ninguém me chama de ladrão se eu vendo milagres com a "água ardente do poço profundo do deserto da tentação".
No meu templo não há lugar pra politicagem, porque aqui quem manda sou eu.
Os que quiserem ganhar mais que eu têm que começar o próprio negócio.
Mas, uma coisa precisa ser dita para os meus fiéis seguidores:
Não sigam os falsos profetas da politicagem sacana que surgirão entre vós.

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